O Comitê Antibullying do Piaget, composto por alunos voluntários do Fundamental Anos Finais e do Ensino Médio, e supervisionado pela Cintia Negrini, uma das responsáveis pelo SOE (Serviço de Orientação Educacional), realiza frequentes “intervenções” nas salas de aula.
Esses encontros visam colaborar diretamente com os colegas no processo de desenvolvimento do autorrespeito e respeito ao outro, da autoaceitação e aceitação do outro, eliminando, assim, ocorrências de bullying.
Intervenção para o autoconhecimento
Desta vez, nas salas dos 6os anos, os integrantes do Comitê Antibullying e a orientadora educacional Cíntia propuseram uma reflexão sobre o papel que cada um porventura pudesse ter como PRATICANTE, ESPECTADOR ou VÍTIMA em atos de bullying e cyberbullying.
Com enfoque no cyberbullying, que muito se verifica atualmente, devido ao livre acesso às redes digitais, e sempre incentivando a descoberta dos porquês, eles explicaram que o praticante desse delito, em geral, se sente frustrado, incompreendido e sem apoio, e pode estar descontando no outro as suas aflições.
Do papel do espectador, aquele que acompanha o agressor, que sabe das práticas e não denuncia, falaram que, de igual modo, torna-se cúmplice devido a sentimentos de insegurança e medo de ser excluído do grupo.
Com relação à vítima, mencionaram que, ao invés de ela se sentir inferiorizada, como sempre acontece, deveria entender que os agressores é que são carentes e emocionalmente afetados, e desenvolvem a agressividade como um mecanismo de defesa e proteção.
Conscientização e apoio para mudança de comportamento
A abordagem do Comitê Antibullying tornou compreensível que, a partir da reflexão sobre o próprio “eu”, entendendo as causas de sua atitude como praticante ou espectador, fica mais fácil a mudança de comportamento.
Deixaram para os colegas dos 6os anos a importante mensagem de que “todos precisam de ajuda”, daí a necessidade de se prestar socorro não apenas à vítima, mas também ao praticante e aos espectadores.
A orientadora educacional Cíntia, por sua vez, ofereceu apoio aos que quisessem procurá-la. Evidenciou que, assim como é essencial oferecer apoio psicológico às vítimas, fazendo-as perceber que não estão sozinhas, os agressores precisam de auxílio para aprender a lidar com seus problemas do presente ou do passado que não foram resolvidos.
Responsabilidade e consequências criminais
Nesse encontro, tratou-se também de conscientizar os alunos de que propagar conteúdo de ódio, calúnia, difamação, racismo, LGBTfobia, misoginia e demais ataques a pessoas ou instituições é CRIME, que prevê penas de dois a cinco anos de reclusão e multa.
Citando a Lei nº 14.811/2024, publicada em 15 de janeiro de 2024, a orientadora educacional Cíntia explicou a responsabilidade de todos que utilizam as redes sociais.
Agradecimentos
Valorizamos o trabalho incansável do Comitê Antibullying da nossa escola e do SOE no combate a qualquer tipo de discriminação e violência.
O que desejamos é que as crianças e jovens se desenvolvam valorizando o respeito, a empatia, a solidariedade e a convivência pacífica. Por isso, agradecemos a todos —pais, professores, coordenadores e alunos— que contribuam para que possamos viver em harmonia e encontrar a felicidade.
