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“Instalação Artística”, uma nova forma de expressão

Autonomia e protagonismo nas produções de arte dos alunos

por Aline Floresti

No decorrer do 2º trimestre, a professora Soraia, nas suas aulas de Arte, desenvolveu com os alunos do 8º ano o projeto “Instalação Artística”, um tipo de arte contemporânea em que se constrói uma “instalação”, ou seja,  realiza-se, de modo artístico, uma montagem de elementos organizados em um determinado espaço.

Por ser uma arte imersiva, convida o público a adentrar na obra, receber diferentes estímulos sensoriais e fazer reflexões sobre a experiência vivenciada.

Assim, ao visitar uma “Instalação Artística”, o espectador deixa de ser passivo para se tornar um participante ativo da obra.

Ações, sensações e reflexão sobre um tema

Nas aulas de Arte, os alunos entenderam que o objetivo da “Instalação Artística” é, no espaço criado, conduzir o espectador a algumas ações e sensações, que o façam refletir sobre uma questão do cotidiano.

Então, numa referência ao tema A paz começa comigo”, do Projeto Pedagógico da nossa escola deste ano, escolheu-se PAZ  como  assunto para as produções artísticas.

O desafio dos alunos, divididos em grupos, foi compor um espaço-arte com elementos de preferência recicláveis e que estimulassem o espectador a interagir, sentir e receber uma mensagem de PAZ.

Protagonismo na arte de “Instalações”

Todos os trabalhos dos alunos referiram-se ao tema PAZ. Mas, de acordo com a proposta de protagonismo inerente à técnica de “Instalação Artística”, cada grupo escolheu qual seria sua abordagem e que elementos usaria na montagem.

Com criatividade, os alunos elaboraram projetos artísticos diversos e ricos em aspectos sensoriais de visão, tato e audição para envolver o espectador e conduzi-lo a uma experiência única de PAZ.

A “PAZ” na visão dos grupos 

Algumas “Instalações Artísticas” levaram os visitantes a se recordarem de momentos felizes em família e de brincadeiras de criança. Outras, pelo fato de que toda arte é uma ferramenta para conscientizar e transformar a realidade, denunciaram situações que impedem a paz.  

Eis as principais maneiras de como os alunos interpretaram a paz: 

  • A paz na infância

Vários grupos abordaram a paz que existe na simplicidade, imaginação e alegria da infância. 

Um dos grupos resgatou a brincadeira folclórica “abre e fecha”, que envolve escolhas de cores, números e frases. Reproduzindo a brincadeira em sua forma tradicional de adivinhação, o  visitante, ao  fazer as escolhas, recebia uma mensagem profética e positiva sobre o seu futuro.

Outro grupo propôs ao convidado pisar em balões, enquanto ouvia músicas infantis. 

Também houve brincadeira com bexigas que, quando estouradas, ofereciam uma mensagem de paz ao participante.

E foi muito procurada a instalação da Casa da Vovó, transmitindo a paz e o aconchego dos momentos de contação de história.

  • A paz como autoconhecimento e autovalorização

Numa espécie de cabine com um espelho, o visitante era convidado a se olhar e se autoanalisar para poder, em seguida, escrever em tirinhas de papel como viam a si mesmos. 

  • A paz na voz sem medo

Baseando-se na na música “Cálice”, de Chico Buarque e Gilberto Gil, que denunciava a censura e repressão da ditadura militar no Brasil, os alunos criaram um ambiente com uma grande boca, fotos da época e um recipiente com tinta vermelha, simbolizando sangue, para os visitantes se mancharem com ela. 

Assim, o grupo evidenciou que a PAZ não se encontra no silêncio forçado, mas na capacidade de se posicionar com confiança e segurança, defendendo os interesses da população.

  • Casa comestível

Um grupo construiu uma casinha de bolachas, e o espectador era convidado a comer um pedaço. Como a casa representa um local de segurança, abrigo, estabilidade e paz, a proposta foi transmitir ao espectador a importância de se manter sólida a estrutura familiar, reforçando os alicerces do amor que une os membros da família.

  • O feminicídio como obstáculo à paz

      Um painel com fotos de mulheres felizes chamava a atenção do visitante. Porém, ele só ficava sabendo depois que todas elas tinham sido vítimas de feminicídio. 

A instalação visava  à reflexão sobre a violência de gênero, incentivando a erradicação de qualquer forma de discriminação e desrespeito. A paz, portanto, era proposta no trabalho como um  estado de tranquilidade e segurança para todos os gêneros.

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