Os alunos do Fundamental Anos Finais, orientados pelo professor Barbassa, de Biologia, estão participando de um projeto de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Como explica o professor, o surto de dengue ocorre todos os anos, mas, desta vez, devido às mudanças climáticas, está mais intenso.
E ele justifica a importância e necessidade do projeto que está desenvolvendo com seus alunos:
“A dengue é uma doença que pode evoluir para quadros bem graves. Por isso, é nossa responsabilidade fazer o que for possível para evitar a proliferação do mosquito transmissor.”
Armadilha para o mosquito Aedes aegypti
A armadilha, também chamada de mosquitoeira, foi desenvolvida por um professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. De fácil confecção, ela é feita com garrafa PET, um pouco de água, grãos de arroz, um tule bem fininho e fita isolante preta.
A função da armadilha é atrair a fêmea do mosquito, que deposita seus ovos onde identifica a existência de água e alguma matéria orgânica para servir de alimento quando os seus ovos minúsculos evoluírem para larvas. Estas, por serem maiores que os ovos, não conseguem mais passar pelo tule e vão se transformar em mosquitos adultos presos no interior da armadilha.
Montagem e monitoramento das armadilhas
O professor orientou a montagem das armadilhas, inclusive pedindo aos alunos que levassem a ideia para casa e divulgassem a execução para o número maior de pessoas que eles conhecessem.
Para o projeto na escola, eles criaram 25 desse modelo de armadilha e distribuíram pelos espaços, escolhendo pontos estratégicos da preferência do mosquito: sombreados ou escuros e baixos.
Agora, estão fazendo o monitoramento científico com anotações. Já fizeram várias descobertas, como, por exemplo, que para a passagem de larva a mosquito adulto, decorrem por volta de dez dias. Também compreenderam bem os ambientes propícios para a proliferação do mosquito.
Vantagens das armadilhas
As armadilhas são um auxílio alternativo de combate à dengue, ou seja, elas constituem mais uma das medidas de atuarmos no controle do espalhamento dos mosquitos transmissores. Os alunos aprenderam que, ao colocarmos criadores controlados à disposição dos mosquitos, podemos eliminar boa parte do ciclo de reprodução deles.
Objetivos alcançados
A principal proposta do projeto era que os alunos se conscientizassem de que podem e devem atuar em prol da sociedade, inclusive na questão de saúde. E, segundo o Professor Barbassa, eles dão provas de engajamento, contando, nas aulas, que estão alertando e aconselhando os seus familiares e conhecidos.
A outra proposta era incentivar, pela pesquisa de campo, o interesse dos alunos pela Ciência.
“O procedimento científico é observar, analisar e concluir. Só assim é possível intervir na realidade de modo positivo. E os nossos trabalhos estão seguindo essas três fases.”, explicou o professor, muito satisfeito com a atuação das turmas.