No Evento Cultural, os alunos do Médio convidam os visitantes a refletirem sobre suas emoções
Os neurologistas nos ensinam que as emoções, além de determinarem o modo como nos relacionamos conosco e com o mundo, fazem o cérebro produzir reações químicas que podem nos beneficiar ou prejudicar.
Os alunos do Ensino Médio pesquisaram sobre o assunto e entenderam que, em geral, não sabemos como proceder com as emoções e, erroneamente, a nossa postura é de escondê-las, ignorá-las, desprezá-las ou fugir delas.
Assim, baseando-se nas informações obtidas, os alunos do Ensino Médio decidiram abordar as emoções no Evento Cultural, para realizarem, junto com os visitantes, uma reflexão de como podemos enfrentá-las, entendê-las e superá-las, se necessário, a fim de atenuarmos os sofrimentos físicos e psíquicos que elas acarretam.
Uma grupo para cada emoção
A tarefa de análise das emoções foi dividida em grupos, de modo que os alunos organizaram salas para abordagem das principais emoções: medo, raiva, amor, calma, nostalgia, tristeza e alegria.
A proposta com as apresentações foi conscientizar os demais colegas e os familiares que lidar melhor com as emoções é um aprendizado para se obter equilíbrio emocional. E que esse processo se inicia com o autoconhecimento, essencial para podermos compreender o que estamos sentindo.
Para tanto, no Evento Cultural, os alunos convidavam os visitantes a percorrer as “Estações das Emoções” e participar de uma jornada de autoconhecimento.
Explicações científicas nas várias “Estações das Emoções”
Alguns alunos, em suas estações, explicaram aos visitantes os efeitos das emoções na saúde física e psicológica. Mencionaram que as emoções são produzidas pelo cérebro, e, como cada uma delas abrange circuitos cerebrais específicos, desencadeiam reações e comportamentos diferentes.
No geral, esclareceram que emoções agradáveis geram no corpo sensação de bem-estar, enquanto emoções negativas causam dor de estômago, dor de cabeça, perda do raciocínio, palpitação e também atos agressivos.
Como conclusão, destacaram que, embora as emoções pareçam incontroláveis, podemos aprender a dominá-las.
Estação “A Face do Desconforto”
A principal emoção trabalhada nessa estação foi o medo. Mas os alunos também abordaram as emoções de repulsa, nojo, ansiedade e vergonha.
Apesar de os visitantes experimentarem algumas situações desconfortáveis, essas experiências foram oportunidades para eles entenderem suas próprias emoções e como elas influenciam seu comportamento e interações.
Estação “Caminho da Tormenta”
Nesta estação, os alunos abordaram a emoção da raiva, que, como se diz popular e sabiamente, pode levar uma pessoa à loucura. Mostraram, por imagens, que, quando não conseguimos controlar a raiva, ela nos conduz a ações extremadas das quais teremos muito a lamentar.
Destacaram os hormônios nocivos que a raiva libera e sugeriram aos visitantes experimentarem algumas estratégias para amenizar os ímpetos agressivos da raiva.
Estação do “Amor”
Os alunos citaram os vários tipos de amor: o familiar, o de amizade, o de casal, o universal e até o amor próprio, que eles consideram fundamental por ser dele que decorrem os demais.
Enfocaram o amor romântico, simbolizado pelo “cupido”, tão estimulado pelas artes, especialmente pela literatura e cinema. Também explicaram a ocitocina, conhecida como “hormônio do amor”, que, quando seu nível está alto no organismo, proporciona laços sociais e sensações de prazer e felicidade.
Estação “Recanto da Paz”
Essa foi a estação mais visitada, revelando o quanto as pessoas necessitam de paz neste cotidiano estressante. No espaço montado com muito capricho, os alunos ofereciam opções para os visitantes encontrarem a calma e a paz de espírito: pintura de telas, meditação, exercícios respiratórios, aromaterapia e músicas relaxantes.
Estação “Refúgio das Memórias”
A nostalgia é uma emoção mais comum do que imaginamos. Em diferentes graus, todo mundo sente saudade de sua infância ou juventude. Geralmente, está ligada à saudade de um tempo feliz do passado.
Então, na Estação “Refúgio das Memórias”, os alunos organizaram uma exposição de objetos, brinquedos, discos e até doces que marcaram época nas décadas de 1960 a 2000. Também no espaço havia um painel intitulado “Na minha época…”, para os visitantes colocarem relatos sobre acontecimentos nostálgicos.
Estação da “Tristeza”
Para exemplificar a tristeza, os alunos escolheram o luto, uma emoção natural e necessária para se lidar com a perda de alguém querido ou de algo importante, como um emprego ou um relacionamento. Nas situações apresentadas, eles abordaram a tristeza não como uma emoção negativa que precise ser descartada, e sim como uma emoção que pode surgir muitas vezes na vida e tem um papel fundamental no processamento de experiências difíceis. Explicaram que a tristeza, quando temporária, é positiva, por fazer a pessoa desacelerar, refletir sobre as próprias vivências e entender certas situações.
Estação da “Alegria”
A emoção da alegria foi retratada como a mais importante para o nosso corpo, já que cura o físico e o emocional. Por isso relembrar aos visitantes o importante trabalho dos Doutores da Alegria, que ajudam pacientes hospitalizados a se curarem.
Citaram os hormônios decorrentes da alegria. Um deles é a endorfina, que o cérebro produz quando damos risada, ajudando a amenizar a dor e outras situações difíceis.
A serotonina, também decorrente da alegria, como explicaram os alunos, é o hormônio predileto de todos, pois é o responsável por aquela maravilhosa sensação de se estar de bem com a vida.
No final, os visitantes foram convidados a relatar, por escrito, uma grande alegria que vivenciaram.