Existe sim o lixo que não é lixo. E com ele muita coisa pode ser feita… até obra de arte!
Entre as correntes artísticas contemporâneas, destaca-se a chamada “Ativismo Ambiental”, em que os artistas utilizam em suas obras materiais recicláveis.
- Sayaka Kajita é uma artista japonesa que consegue fazer esculturas com peças de plástico como colheres, garfos e copos que iriam para o lixo.
- Jaime Prades é um artista brasileiro que encontra nas ruas uma de suas matérias-primas: pedaços de madeira.
- Frans Krajcberg, polonês e naturalizado brasileiro, já falecido, foi um dos iniciantes desse estilo. Fazia obras que chocavam o público utilizando restos de troncos e galhos após queimadas de florestas.
- Vik Muniz tem sua produção artística feita com material coletado no aterro do Jardim Gramacho, que fica no Rio de Janeiro.
Hoje, mais do que nunca, precisamos tratar a natureza, pensarmos em soluções para o meio ambiente que está sendo devastado.
Um dos aspectos que mais agridem o nosso planeta é o lixo que produzimos com o excesso de consumismo e descarte de todo tipo de material. O lixo polui os rios, o ar, o solo… É, portanto, um grave problema ambiental. Precisa ser diminuído, reaproveitado, reciclado, ressignificado.
O professor Jorge, de Arte, conversou com os alunos do Fundamental I sobre o fato de que muitos artistas, preocupados com tanto lixo que produzimos diariamente, resolveram utilizá-lo em suas obras, para diminuir o descarte, para conscientizar as pessoas da necessidade do reaproveitamento e até para denunciar as queimadas.
Assim, o lixo como processo artístico foi a proposta do professor em suas lives para a realização de uma atividade. E, como estavam em novembro, mês da “Consciência Negra”, o professor aproveitou para os trabalhos fazerem referência à arte africana primitiva de produzir máscaras. Esses objetos são recriados até hoje com madeira, marfim, barro e pele de animais pelos africanos e pelos afrodescendentes aqui no Brasil, pois constituem obras de arte muito procuradas para decoração.
Mas, com os alunos, a tônica era usar lixo. Então, eles ressignificaram caixas de papelão e sobras de papel, tornando esses elementos que seriam descartados em máscaras muito criativas.
Veja algumas fotos: