A fase da adaptação é muito especial e importante. Todos desejam que ela ocorra da melhor maneira possível. Porém, para cada criança e cada família esse procedimento ocorre de um jeito diferente. Costumamos dizer que o processo de adaptação é uma caixinha de surpresas e que as crianças sempre nos surpreendem.
O acolhimento é outra parte essencial do processo de adaptação. O professor precisa estar atento e ter um olhar sensível para cada criança, acolher com afetividade e carinho, atendendo às necessidades emocionais e físicas, lembrando que esse é um momento difícil para a criança, podendo gerar ansiedade e insegurança. O choro pode aparecer, pois nessa faixa etária não consegue expressar todos os seus sentimentos verbalizando, porque está em desenvolvimento da linguagem oral. O professor deve, portanto, usar estratégias diferenciadas: aconchegando no colo, oferecendo um objeto de apego da criança, criando um ambiente agradável, até que ela se sinta segura e feliz no ambiente escolar e cesse o choro.
Há crianças que logo sentem empolgação e curiosidade para conhecer os ambientes diferentes da escola e explorar os espaços. E isso é muito bom! No Colégio Piaget, temos o privilégio de ter amplos ambientes naturais, como a horta, o gramado, o parque de areia, os espaços dos bichinhos, que tanto encantam as crianças (tartarugas, passarinhos e peixes). Além disso, a nossa brinquedoteca é espaçosa e bem equipada.
Conhecer os diversos espaços da escola propicia a interação entre as crianças, tornando a hora de brincar ainda mais lúdica e produtiva. Esses momentos constroem os relacionamentos afetuosos e vínculos significativos, que são essenciais para a fase do desenvolvimento da criança pequena.
Nesse processo de adaptação, a colaboração e parceria da família com a equipe escolar é também de muita importância, compartilhando os costumes e necessidades de cada criança, facilitando a relação entre o grupo e o bem-estar coletivo.
“Falamos em adaptação sempre que enfrentamos uma situação nova, ou readaptação, quando entramos novamente em contato com algo já conhecido, mas por algum tempo distante do nosso convívio diário. O processo de adaptação inicia com o nascimento, nos acompanha no decorrer de toda a vida e ressurge a cada nova situação que vivenciamos. Sair de um espaço conhecido e seguro, dar um passo à frente e arriscar-se, tendo como companhia o desconhecido para o qual precisamos olhar, perceber, sentir, avaliar, nos leva às mais diferentes reações: permanecer no espaço seguro e protegido, seguir adiante ou desistir e voltar atrás.” (DIESEL, 2003)