Alunos do Médio usam técnica fotográfica antiga de registro de imagens científicas
As chamadas “fotos azuis” são prova de que existe Arte nas Ciências e Ciências na Arte. Foi o que o professor Barbassa mostrou a seus alunos do Ensino Médio que acompanham as aulas da Eletiva de Fotografia.
A proposta foi o emprego, em seus trabalhos fotográficos, da Cianotipia, uma técnica de registrar imagens com a luz (Arte fotográfica), utilizando a física e a química (Ciências).
Origem e divulgação da Cianotipia
A palavra Cianotipia (do grego kyanos e typos, que significa "azul" e "marca") nomeia uma técnica de impressão fotográfica que deixa os registros com forte coloração azul quando expostos à luz do sol. Surgiu em 1842, criada pelo astrônomo inglês John Herschel. Para o efeito azul, ele associava dois produtos químicos: o citrato de ferro amoniacal e o ferricianeto de potássio.
Sua técnica se tornou amplamente conhecida quando foi empregada pela botânica inglesa Anna Atkins (uma das raríssimas mulheres cientistas de seu tempo), que também era desenhista e fotógrafa. Ela estudava algas e publicava livros sobre o assunto. Na época, as ilustrações dos livros científicos eram todas desenhadas. Mas, embora ela fosse uma artista no desenho, preferiu registrar e catalogar as formas das algas, seus objetos de pesquisa, com o método fotográfico Cianotipia.
Como definir os resultados? Seus livros apresentavam arte científica ou ciência artística?
Técnica nas aulas do professor Barbassa
A atividade começou com os nossos alunos tirando fotos e escolhendo uma para o emprego da Cianotipia. Em seguida, pintaram uma folha de acetato com os dois produtos químicos indicados por John Herschel, juntaram ao papel o negativo da foto e deixaram secar ao sol. Por fim, no laboratório da escola, lavaram suas produções e viram, então, surgir belas imagens azuis.
Aspectos positivos das fotos azuis
O professor Barbassa elogiou os trabalhos dos alunos e mencionou a importância dos benefícios da Cianotipia para o meio ambiente em comparação com outros processos de impressão fotográfica.
“Essa técnica usa uma mistura de elementos químicos de baixíssima toxidade e que se decompõem facilmente na natureza. Além disso, outra vantagem é que pode ser utilizada não só no papel mas também no tecido, na madeira, na cerâmica, no vidro e em outras superfícies.”, explicou o professor.