A psicóloga Sabrina Führ escreveu o livro digital “E a Chuva…” com o objetivo de ajudar as crianças de todo o Brasil, principalmente as gaúchas, a compreenderem a tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul.
Ela considera que as crianças são as que mais sofrem em situações de tragédia e, por isso, precisam de explicação e de alento para poderem superar os sofrimentos físicos e emocionais.
O livro
O livro “E a chuva…”, de livre cópia e distribuição, encontrado facilmente na internet, foi escrito sem fins lucrativos, e sim com o intuito de explicar o que aconteceu no Rio Grande do Sul e dar um apoio às vítimas.
Na obra, a autora menciona que se há problemas e dificuldades no mundo, também existem muitas pessoas boas dispostas a colaborar. Ela cita o trabalho dos voluntários e a solidariedade de todos os brasileiros manifestada pelas inúmeras doações.
A mensagem que o livro passa é de que “Estamos todos juntos. Ninguém ficará sozinho.”. E aconselha que se converse com as crianças sobre a catástrofe, incentivando-as a falar sobre o que estão sentindo, sobre seus medos e tristezas.
É necessário expressar as emoções
Duas alunas do 4º ano D, Isadora Marchello Faria e Júlia Montagna Gomes, se sensibilizaram muito com os danos causados pela enchente ao povo do Rio Grande de Sul. Elas ficaram angustiadas e assustadas, e calcularam que outras crianças da escola tinham se sentido igual. Quando leram o livro pela internet, resolveram seguir a sugestão da autora: conversar sobre o ocorrido.
Então, as alunas entraram em contato com uma das representantes do SOE (Serviço de Orientação Educacional) da nossa escola, a orientadora Saadya Argôlo Rodriguez, para combinarem como pôr em prática a ideia de se estabelecer diálogos sobre as emoções referentes aos graves problemas dos nossos irmãos gaúchos.
Encontros com os colegas
A proposta das meninas foi aprovada e organizaram-se encontros com os alunos do Fundamental Anos Iniciais e da Educação Infantil. A Isadora e a Júlia visitaram as salas de aula e leram para os colegas o livro. Também mencionaram as “causas das enchentes”, explicando de forma bem simples sobre o desmatamento, o aquecimento global e a falta de cuidados com as normas de segurança, as quais poderiam ter amenizado o efeito das chuvas.
Por fim, elas deram abertura para quem quisesse falar sobre o que estava sentindo e aconselharam que não guardassem emoções negativas, que sempre conversassem com uma pessoa amiga.