Os personagens, junto com os nossos alunos, discutem o que é bom e necessário para a “vida” no planeta
No decorrer do ano letivo, no Período Integral do Fundamental Anos Iniciais, as professoras sempre desenvolvem um Projeto Literário com o objetivo estimular o gosto pela leitura. Para tanto, elas selecionam livros interessantes e planejam um conjunto de atividades interdisciplinares que possibilitem a reflexão e a interpretação das mensagens.
Neste ano, “O mundo somos nós” foi o tema abordado em todo o Projeto Literário. E o segundo livro trabalhado foi “Crianças de cá, crianças de lá”, de Elisabete da Cruz.
Assunto da obra e participação dos alunos-leitores
O livro “Crianças de cá, crianças de lá” conduz o leitor a imaginar um mundo ideal: sem violência, sem preconceitos e sem fome. Nesse mundo, todas as pessoas são valorizadas e felizes.
Na história, a personagem Dona Múndi mora em uma aldeia onde predominam o amor, o respeito e a solidariedade. Ela convida crianças dos vários continentes (as crianças de lá) para virem conversar com as crianças de sua aldeia (as crianças de cá).
Então, as crianças reunidas participam de uma “conferência” sobre a situação atual do mundo. Elas debatem, dão sugestões e chegam a conclusões do que desejam e do que precisam fazer.
Com propostas interativas, a obra torna os alunos-leitores também personagens, na medida em que os incentiva a contribuir com suas ideias nas discussões sobre um “mundo melhor”.
Peça teatral apresenta os personagens
As professoras se caracterizaram para representar os personagens da história, que são a Dona Múndi e as crianças, tanto as da aldeia (as crianças de cá), quanto as visitantes, chegadas de diferentes lugares do mundo (as crianças de lá). Assim, os personagens vão mencionar valores humanistas e socioambientais que precisam ser cultuados, como: sustentabilidade, respeito às diferenças culturais, direito dos animais, valorização das ciências e da arte, entre outros.
Como eu quero o mundo?
Depois de lerem o livro individualmente e em grupo, cada aluno foi chamado a refletir sobre o que considerava essencial para o nosso “mundo melhor”. E, para facilitar a expressão de suas propostas, a sugestão das professoras foi que fizessem desenhos. Depois, suas artes ficaram expostas para todos conhecerem as opiniões dos colegas. Nessas produções, prevaleceram representações de árvores, animais e famílias de mãos dadas.
Cartões bilíngues de esperança
De imediato a leitura do livro deixou clara a mensagem de que cada um de nós é responsável pelas mudanças que almejamos, e que a nossa união em ações positivas é a base para a construção de um mundo melhor.
Para transmitir esse ensinamento à comunidade Piaget, os alunos saíram pelos ambientes da escola entregando cartões com frases de esperança, otimismo e amor (escritas em português e inglês), que eles montaram com o auxílio da teacher Gizele.
Os alunos também perguntavam à pessoa que recebia o cartão o que ela gostaria que existisse na realidade para o mundo se tornar um lugar melhor para todos.
O personagem Bunko e a sustentabilidade
Com seu avental de jardineiro, o menino Bunko é um personagem que ama o nosso planeta e entende que as nossas atitudes devem ser de preservação ambiental. Ele propõe que façamos o uso consciente e sustentável dos recursos naturais.
Então, acompanhado da Dona Múndi, o Bunko chegou à sala de aula e conversou com os alunos sobre os 5 Rs da sustentabilidade e comandou uma atividade ecológica de reaproveitamento de materiais e de plantio.
Com capricho, os alunos transformaram latinhas em lindos vasos, e neles plantaram sementes da flor “onze horas”.
A personagem Abayomi e o respeito aos animais
A menina Abayomi, vinda da África, tem o mesmo nome da boneca típica africana e até se veste de modo semelhante ao dela.
Por amar os animais e se preocupar com o bem-estar deles, prega a importância de as pessoas adotarem a “posse responsável” de animais de estimação.
Em concordância com a postura ambientalista da personagem, os nossos alunos fizeram várias dobraduras de animais.
A personagem Noah e a valorização das Artes
De origem oriental, a Noah é uma estudiosa das artes e cultura dos povos. Ela lê bastante e visita museus. E gosta de fazer desenhos e pinturas.
Conversou bastante com os alunos incentivando-os a conhecer e apreciar diferentes manifestações artísticas.
Em seguida, ela conduziu os alunos ao gramado para eles praticarem a arte da pintura em telas.
O personagem Ybirá e a cultura indígena
O menino Ybirá, de origem indígena, sabe muito bem viver na natureza sem destruí-la. Em reunião com os nossos alunos, explicou a maneira como os indígenas interagem com a flora e a fauna.
Além de ensinar o respeito à natureza, o Ybirá conversou sobre a cultura dos povos originários e também leu uma bonita lenda indígena, que faz parte do nosso folclore nacional.
E, para mostrar que muitos dos nossos costumes, inclusive alimentares, receberam influência indígena, o Ybirá comandou uma aula de Culinária, preparando uma deliciosa “cocada”.
A disciplina de Inglês também participou da atividade. Os alunos desenharam os ingredientes e os denominaram. Também copiaram a receita de cocada. Tudo em inglês, é claro.