“Puberdade” é o nome dado ao período de transição entre a infância e a vida adulta, e acontece, normalmente, entre 10 e 14 anos.
Nessa fase, ocorrem muitas mudanças no corpo e também no emocional dos adolescentes devido à produção hormonal. Meninos e meninas passam por conflitos de aceitação do próprio corpo em transformação, sentem-se inseguros e sofrem alterações de humor. E o que é muito comum: experimentam sentimentos de inadequação social e até de vergonha.
Para aprender a lidar com essa fase de transição
A orientadora educacional Cintia Negrini, uma das responsáveis pelo SOE, o Serviço de Orientação Educacional da nossa escola, se preocupa em ajudar os alunos na evolução intelectual, social e emocional. Uma das suas atividades é justamente promover bate-papos para a reflexão sobre assuntos do interesse das turmas do Fundamental Anos Finais.
E, sabendo da necessidade de boas orientações para a passagem pela fase da puberdade da maneira mais tranquila possível, a Cíntia convidou duas equipes para conversarem com os nossos alunos.
Orientações de quem conhece o assunto
Pessoas gabaritadas vieram à nossa escola discorrer sobre “puberdade”.
Da Clínica Espaço Bougainvillea, conversaram com os alunos do 8º e 9º ano a Dra. Bruna Zapata, médica hebiatra (especialista em adolescentes), e a psicóloga Monique Martorelli.
Como a própria Dra. Bruna mencionou, “Hebiatria” e “Psicologia” se complementam na assistência aos adolescentes, pois o cuidado requer lidar com a sexualidade e as mudanças físicas e psicossociais típicas dessa faixa etária.
Já para conversar com os alunos do 6º e 7º ano, vieram estudantes de Medicina da FMABC, interessados em se aperfeiçoar em Hebiatria.
As duas equipes separaram meninos e meninas, com o propósito de explanar questões específicas e deixar todos mais à vontade.
Fase da vida que gera muitas dúvidas
Tanto a equipe da Clínica Espaço Bougainvillea quanto a equipe da Faculdade de Medicina abordaram as principais questões sobre a puberdade: o estirão de crescimento, que causa timidez ou vergonha diante das mudanças abruptas da aparência; o espessamento de pelos; o desenvolvimento dos órgãos sexuais; a maturação sexual; a irritabilidade e descontrole emocional, entre outras.
Os alunos demonstraram que tinham muitas dívidas e se interessaram pelas explicações. E os palestrantes, de modo bem informal, atenderam a todas as indagações. Até incentivaram a participação, deixando que formulassem perguntas por escrito, sem identificação.
Assim, os convidados, baseando-se nas dúvidas dos alunos, ofereceram dicas de procedimentos corretos para controlar a acne e o suor das axilas, inclusive, recomendando produtos naturais.
Especificamente para as meninas, esclareceram os equívocos ou mesmo “tabus” referentes à menstruação, e também elencaram todos os tipos de absorventes existentes e como devem ser usados.
Para os meninos, enfatizaram a “mudança vocal”, que costuma causar problemas psicológicos. Ora mais fina, ora mais grossa, a voz para os adolescentes é o motivo de eles diminuírem a comunicação com outras pessoas, evitando falar ou começando a falar mais baixo. Sobre essa questão, as conversas buscaram conscientizar os meninos sobre os porquês dessa oscilação para, assim, elevar a autoestima deles.
Conselhos sábios
Os palestrantes mencionaram que a puberdade, apesar de seus conflitos e estranhezas, deve ser encarada como uma fase positiva, cheia de descobertas. Aconselharam que os alunos se autovalorizassem como indivíduos em estágio de evolução, não se deixando abalar pela pressão social que estabelece padrões de beleza e de comportamentos.
A mensagem básica de cada encontro foi que eles deveriam acreditar que, na escola ou na família, sempre existe uma pessoa disposta a escutar, orientar e, principalmente, acolher.