A produção de um texto é um processo que demanda tempo, dedicação, treino e muito incentivo do professor.
A criança precisa gostar da proposta, interagir com ela, perceber que pode usar sua criatividade.
Além disso, para construir um bom texto, é necessário também entender qual é o tipo ao qual ele pertence, ou seja, conhecer o gênero textual que está sendo solicitado.
No caso do gênero narrativo, quando a criança pode criar os personagens e os acontecimentos, surgem o gosto e o prazer de escrever.
E na prática?
A professora Neide, de Português, sabe muito bem que é essencial motivar seus alunos para uma “produção de texto com sucesso”.
Trabalhando com as turmas do 4º ano, ela iniciou a atividade com uma conversa sobre os personagens do nosso folclore. Muitos conheciam e foram citando: Mula sem cabeça, Iara, Saci pererê, Caipora, Curupira, Boto cor de rosa, entre outros.
A tarefa posterior foi escolher um desses personagens e pesquisar suas características.
Então, a professora Neide percebeu que o preferido deles foi o Curupira, um personagem que se originou na cultura indígena, que é o guardião da floresta e persegue aqueles que entram nas matas para derrubar árvores e caçar animais.
Ela aprovou a escolha ambientalista, mas outros personagens também foram escolhidos.
E em seguida? Foi o momento de que eles mais gostaram: criar um personagem atual, com características próprias e algum poder ou vantagem.
Gênero textual narrativo-descritivo
A montagem da história deveria ser um encontro do personagem folclórico com o personagem que eles criaram. O que conversariam? O que fariam juntos?
Mas a narrativa precisava de trechos de descrição (características dos dois personagens). Como era cada um? Qual a aparência deles? O que realizavam individualmente?
Assim, a professora Neide fez com que os alunos aprendessem como a descrição entra na narração e ajuda o leitor a entender a história.
Personagens criados pelos alunos encontram os personagens folclóricos
Felizes com seu personagem com algum poder extraordinário ou um verdadeiro super-herói, eles desenharam, pintaram e recortaram para ele virar um boneco.
Na história, o personagem que eles mesmos inventaram e o personagem do folclore se uniram para uma aventura. E a imaginação foi liberada para estabelecer um enredo com os dois em ação.
A professora Neide ficou orgulhosa dos seus alunos:
“Eles conseguiram montar narrativas interessantes e, na hora da apresentação aos colegas pelas lives, revelaram muita alegria e satisfação com o que haviam produzido.”.