Uma das questões mais complexas do momento é a definição de “educação bilíngue”, que pode variar em diferentes contextos. Para podermos entender melhor essa diferenciação, darei uma breve explicação neste post.
A educação bilíngue engloba o desenvolvimento linguístico e intercultural, o aprendizado e a articulação de conteúdos e o desenvolvimento de habilidades e competências, ou seja, vai muito além do ensino da língua por si só. É o ensino “em” uma segunda língua e não simplesmente “de” uma segunda língua, tendo o compartilhamento dos conhecimentos das diferentes áreas nos dois idiomas.
Portanto, em uma escola bilíngue (também chamada de internacional), a língua, além de ser objeto de estudo, é o meio de acesso às áreas de conhecimento. Já num programa bilíngue, a língua é o objeto de estudo, ou seja, ela é uma matéria ou disciplina. Essa última segue os padrões do MEC, enquanto a primeira utiliza o modelo de ensino estrangeiro.
Vale lembrar, que ensino bilíngue não se resume ao aprendizado de inglês, mas também ao aprendizado de libras, línguas indígenas e línguas de fronteiras. No Brasil, temos escolas bilíngues para surdos, nas quais o português é a 2ª língua, escolas bilíngues de fronteiras, escolas bilíngues de imigrantes e escolas bilíngues indígenas. Por isso, somos um país plurilíngue, reconhecido oficialmente pela Constituição Brasileira de 1998.
Mas voltando ao nosso assunto, qual é a vantagem de um programa bilíngue? Bom, isso será assunto do próximo post! Fique ligado!