Parabenizamos as nossas alunas Julia Ortelan Nunes e Karoline Ramos Teles, que integraram a Seleção Brasileira de GR e representaram brilhantemente o nosso Brasil no Campeonato Sul-Americano, realizado no mês de outubro, em Lima (PERU).
Foi uma oportunidade de integração com os demais países sul-americanos e de ganho de experiência em competições internacionais, porta de entrada para o Campeonato Mundial.
Além da importante participação, nossas meninas trouxeram, na bagagem, medalhas e ótimas recordações.
Confiram os destaques das nossas campeãs:
- Conjunto pré-infantil
- Campeã Geral
- Campeã em Mãos livres
- Campeã em Cordas
Entrevistamos os pais das duas, Marcelo C. Nunes, pai da Júlia e Marcelo Teles, pai da Karoline, que falaram um pouco da trajetória delas até essa grande conquista.
As entrevistas
1- Quando sua filha começou a se interessar por ginástica? Quem a influenciou?
Marcelo C. Nunes: Aos cinco anos de idade ao ingressar no Colégio Piaget, no 1º ano do Ensino Fundamental.
Marcelo Teles: A Karoline começou a se interessar pela Ginástica Rítmica em 2014, quando entrou no Colégio Piaget. Não sabíamos muito no começo das aulas extracurriculares que o colégio oferecia, pois tínhamos nos mudado do interior recentemente para São Bernardo. Nem imaginávamos que ela pudesse se interessar por este esporte, pois nunca havia comentado e nem demonstrado tal interesse. Um dia a Professora dela chamou minha esposa (Rossane) na saída da escola e comentou que a Karoline, após o término das aulas normais, ficava na entrada da quadra onde aconteciam as aulas de GR com a Tia Kelly e ficava olhando, com aquele rostinho de curiosidade e interesse. Foi então que a Tia Dani orientou para que nós autorizássemos nossa filha a fazer uma aula experimental, para ver se ela iria gostar. Após a primeira aula, ela retornou para casa totalmente entusiasmada e pedindo para que a colocássemos nas aulas. Falou com grande alegria que havia gostado da aula e também da professora (Tia Kelly). Acreditamos também que a recepção calorosa dada pela Kelly e incentivo contribuíram muito para que ela aumentasse mais ainda o interesse pelo esporte.
Ela ainda acabou entrando nas aulas de Natação, Patinação, mas resolveu se dedicar mesmo à GR, deixando os outros esportes.
2- Quando ela começou a treinar fora da escola? Onde foi? E como foi esse processo?
Marcelo C. Nunes: Em agosto de 2016, a professora Tilene me indicou para um teste no Centro de Treinamento de Ginástica Artística em São Bernardo do Campo no qual a minha filha Júlia passou e treinou até janeiro de 2017. Nessa ocasião, surgiu uma oportunidade de realizar um teste de Ginástica Rítmica em São Caetano do Sul (SERC Santa Maria,) indicada pela professora Kelly. Ela também passou no teste e optou em ficar nesta modalidade pois se encantou pela beleza, musicalidade e dança que envolve a Ginástica Rítmica, além do uso dos aparelhos que ela adora.
Marcelo Teles: O Treinamento fora da escola iniciou em 2015. Durante esse ano, participou de vários campeonatos escolares e GR Brasil pelo Piaget e, no final de 2015, após um desses campeonatos que são desenvolvidos pelos responsáveis do Circuito Escolar, a Tia Kelly chamou minha esposa e comentou que deveríamos levar a Karol para fazer um teste no Clube SERC em São Caetano, devido ao seu desempenho nos campeonatos, interesse e gosto pela GR e por ter visto nela potencial no esporte. O acesso de atletas no SERC, mesmo recém iniciadas, é realizado por meio de uma seletiva. Essa seletiva ocorreu em dezembro de 2014, e a Karol foi aprovada, iniciando o treinamento inicialmente na escolinha, que é o primeiro nível de treinamento.
Ao final do treinamento em 2015 na escolinha do SERC e já tendo participado de vários campeonatos, em que obtivera êxito e medalhas, algumas poucas atletas foram convidadas a entrarem no Treinamento de Alto Rendimento da Categoria Pré-Infantil, iniciando, assim, um treinamento de alto desempenho 3 vezes por semana, juntamente com mais 5 garotas.
Nesse ano, conseguiu conquistar posição de pódio em vários campeonatos, (Campeonato Paulista, Copa São Paulo, modalidade individual e conjunto) e GR Brasil e Circuito Escolar representando o PIAGET.
Em 2018, os treinamentos se intensificaram, passando a ser realizado todos os dias da semana das 8h às 11h30, e mais uma vez conquistou vários pódios (primeira, segunda e terceira colocações), iniciando também o treinamento de conjuntos Modalidade Mãos Livres, que foi coroado ao final do ano em Aracaju, com o Título de Campeãs Brasileiras de Conjunto, Modalidade Mãos Livres. Esse título que vão defender novamente e tentar ganhar o Bi-Campeonato em novembro deste ano de 2019, em Londrina, Paraná.
3- Qual foi a primeira medalha que ela recebeu? Em qual campeonato? Dessa fase até hoje, quantas medalhas ja ganhou?
Marcelo C. Nunes: A primeira medalha foi de ouro e na modalidade de Ginástica Rítmica durante o Circuito Escolar de 2016 representando o Colégio Piaget. Acumulou até os dias de hoje 57 medalhas e ganhou três anos consecutivos o troféu de destaque do circuito escolar na modalidade de Ginástica Rítmica.
Marcelo Teles: A primeira medalha que ganhou foi em uma competição do Circuito Escolar, conquistando o primeiro lugar individual em sua modalidade na época, representando o Colégio PIAGET.
Hoje ela possui 110 medalhas, de vários campeonatos ao longo de sua pequena carreira.
4- Qual foi a importância do Colégio Piaget no meio de toda essa história?
Marcelo C. Nunes: O Colégio Piaget foi fundamental, pois não sendo aluna da escola, a Júlia não teria tido a oportunidade de conhecer a Ginástica Rítmica, se desenvolver no esporte e vivenciar as primeiras competições. Esse processo tem sido muito importante para o amadurecimento da nossa atleta, pois tem aprendido a respeitar adversários, adquirido disciplina, se comprometido com horários, encarado desafios e, principalmente, lidado com todo tipo de sentimento.
Marcelo Teles: Entendemos que o Colégio Piaget teve um papel primordial para o interesse da Karol pela GR. Se não houvesse a modalidade deste esporte na escola, acredito que não teria despertado seu interesse e poderia não estar hoje praticando. A percepção da professora da Educação Infantil pelo interesse da aluna no esporte também foi fundamental, demonstrando que os conhecimentos e visão do aluno estão muito além da sala de aula. O treinamento da Tia Kelly, ensinando, lapidando e desenvolvendo as habilidades da Karol, foi também extremamente importante e demonstra que o Colégio possui uma profissional de muita qualidade e visão desportiva. Somos imensamente gratos às professoras aqui relatadas e também indiscutivelmente ao Colégio Piaget.
5- Como foi ir pro Peru para disputar o campeonato?
Marcelo C. Nunes: Viajar para o Peru com apenas 9 anos de idade para participar de um campeonato internacional representando o nosso país foi um grande e glorioso desafio para a Júlia. Conviver alguns dias com a equipe técnica da CBG e outras atletas do Brasil foi uma experiência boa. Mas também houve momentos difíceis: ficar longe da família e enfrentar o desafio e a responsabilidade de uma competição em equipe. O peso, suor e garra foram enormes, mas valeram a pena.
Marcelo Teles: A preparação exigiu muito das meninas e também da Karol. Como já descrevemos, os treinamentos são muito intensos, cansativos e levam as atletas ao seu limite. Mesmo tendo todo acompanhamento por equipe multidisciplinar, com nutricionista, psicóloga e fisioterapeuta, a carga é muito grande nas meninas, e a Karol sempre encarou o esporte com muita vontade e disciplina.
A ida para o Peru e o sonho do Sul-Americano tiveram início em uma seletiva realizada pela Confederação Brasileira de Ginástica no Rio de Janeiro, na Vila Olímpica, onde o Conjunto do SERC foi classificado a representar a Seleção Brasileira de Conjuntos Pré-Infantil nas modalidades Mãos Livres e Aparelho Corda.
Após essa classificação, deu-se início a um treinamento mais intenso ainda, mas sempre com muita vontade e alegria pela Karol.
Para ela, foi o ápice do treinamento este ano e o coroamento por tanto esforço e dedicação.
Para nós, pais, grande orgulho em termos nossa filha representando o Brasil em competição internacional, uma satisfação que não temos como descrever em palavras.
6- Como foi receber a medalha no campeonato internacional?
Para nós, pais, ouvir o Hino Nacional Brasileiro tocado em país estrangeiro e tendo sua filha no mais alto local do pódio é uma situação que não temos como descrever. Encheu-nos de alegria, patriotismo e orgulho de nossa filha.
Marcelo C. Nunes: Subir ao pódio para ganhar as medalhas de ouro e ouvir o Hino Nacional foi uma experiência incrível e que será lembrada para sempre na memória de todos da nossa família com muito orgulho.
Marcelo Teles: A Conquista de Campeãs ocorreu nas duas modalidades, Mãos Livres e Corda, além de campeãs por Equipe.
A Karol nos reportou que até o momento da conquista ainda não acreditava no feito alcançado por ela e que sentiu orgulho em estar representando nosso país e cantar o Hino Brasileiro por 3 vezes no pódio em primeiro lugar. Foi uma conquista que ela não esquecerá jamais.