Nesta semana, vou começar contando uma história que aconteceu aqui no Piaget.
Estava andando pela escola, como faço todos os dias, quando entrei na sala de Orientação Educacional para dar bom-dia para a Varluce. Nesse momento, lá estavam dois meninos explicando para ela o porquê de costumarem rir dos colegas e dar-lhes apelidos.
Fiquei para também ouvir a história e chamei a atenção dos meninos sobre o comportamento inadequado. Disse-lhes, inclusive, que poderiam acabar sem amigos se continuassem a ter esse mesmo comportamento, já que a Varluce me contara que era a quarta vez que vinham conversar com ela sobre o mesmo motivo.
Então, um deles olhou para mim e disse: “Mas, tia Lilian, eu já pedi desculpas!”. De imediato lembrei-me de uma historinha que já compartilhei com alguns pais e agora compartilharei com todos, pois percebi, ali na minha frente, o quanto o aluno entendeu a importância de não magoarmos as pessoas.
Eis a história:
Havia um menininho que falava palavrões, brigava com os primos e amigos, ria de todos e, por esse motivo, o pai às vezes era chamado na escola. O pai ficava triste, conversa com o filho, mas o comportamento não mudava. Até que um dia o pai teve uma brilhante ideia. Chamou o filho, mostrou um pedaço de madeira e disse que cada vez que ele tivesse um comportamento inadequado com qualquer pessoa ele deveria pregar um prego na madeira. E assim o menino procedeu. Ao final de um mês, o pai mostrou a tábua cheia de pregos e disse para o filho perceber quantas vezes ele não tinha sido legal com uma pessoa. Em seguida, o pai deu outra tarefa: agora, cada vez que ele fizesse algo de bom para alguém deveria tirar um prego. Em um mês, todos os pregos tinham sido retirados.
O pai mostrou a tábua para o menino e disse:
— A tábua está da mesma forma que eu lhe mostrei e entreguei no início ou tem algo diferente?
O menino respondeu:
—Ela está cheia de furinhos…
—Pois é, meu filho — completou o pai — assim somos nós. Tudo que falamos deixa marcas nas outras pessoas, boas ou ruins. A escolha é nossa. Portanto, pedir desculpas é importante, mas o mais importante é não magoar os outros.
Essa historinha é muito simples, porém nos ajuda muito na hora de educar uma criança.
Na semana que vem, nos falamos novamente! Até lá!